Fabiano Barreira, presidente do Conselho da SAF do Fortaleza, confirmou a dívida de R$100 milhões do clube. No entanto, o dirigente disse que esses números não representam descontrole e que há capacidade para que esses défict seja pago. A informação foi divulgada em entrevista exclusiva ao jornalista Alexandre Mota, do Diário do Nordeste.
Na última segunda (20), o ex-presidente Eduardo Girão revelou, em entrevista à Rádio O Povo/CBN, preocupação com défict do Tricolor que pode chegar aos R$100 milhões, Nesta terça (21), Barreira conversou com o Diário do Nordeste e confessou que, de fato, esta dívida existe.
O presidente do Conselho Administrativo da Saf do Leão disse que os gastos superaram as receitas, mas, que há ativos do próprio clube para que este débito seja quitado, como credibilidade no mercado e possíveis vendas de atletas.
Porém, Fabiano Barreira também ressaltou que, em caso de rebaixamento confirmado para a Série B do Campeonato Brasileiro de 2026, o clube vai precisar redimensionar custos e fazer ajustes administrativos para manter a saúde financeira.
“Sim, o clube possui dívida, resultado de um período em que a estrutura de custos superou a capacidade de receita. Isso não representa descontrole: endividamento é comum em instituições esportivas e no mercado corporativo, desde que haja lastro e capacidade de pagamento, e o Fortaleza possui ambos. O clube tem ativos relevantes, como jogadores formados na base, atletas do elenco profissional, patrimônio e credibilidade no mercado, que possibilitam reorganizar receitas e amortizar o passivo. E mesmo após a aprovação da SAF, há um processo burocrático extenso de cisão entre a Associação e a SAF, o que torna inviável imaginar que a simples aprovação estatutária resultaria em captação imediata”, disse Barreira.
“Estamos trabalhando com responsabilidade financeira e planejamento para equalizar o cenário, independentemente do desfecho esportivo. Se houver rebaixamento, haverá redimensionamento orçamentário, revisão de elenco e ajustes administrativos. Se houver permanência, haverá reavaliação estratégica do mesmo modo, porque o desempenho de 2025 exige respostas. Esse tipo de movimento, inclusive, é comum no futebol. Portanto, não existe terra arrasada. Há ativos, credibilidade e mecanismos concretos de reequilíbrio e o Fortaleza vai reorganizar sua operação para seguir sustentável, competitivo e financeiramente saudável”, afirmou o dirigente.
